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" NÃO SOMOS O FIM, E SIM OS MEIOS!"

domingo, 23 de outubro de 2011

Assembléias escolares e democracia escolar.

     Uma escola privada do munícipio de Campinas, adotou como prática entre os discentes e docentes a realização de Assembleia Escolar quando tivessem algum problema ou alguma situação que gerasse incomodo para o grupo. A ideia surgiu em rodas de conversas e também após a leitura do livro: A assembleia dos ratinhos. Interessante a abordagem do mesmo, vale mencionar.


Uma vez os ratos, que viviam com medo de um gato, resolveram fazer uma assembleia para encontrar uma solução para acabar com aquele problema. No fim, um ratinho levantou-se e deu a sugestão de pendurar uma sineta no pescoço do gato; assim que o gato se aproximasse eles ouviriam a sineta e poderiam fugir. Todo mundo ficou feliz, e aplaudiram a ideia, o problema estava resolvido. Observando a cena, quieto, um rato mais experiente falou que o plano era muito inteligente, mas faltava um detalhe: Quem iria pendurar a sineta no pescoço do gato?




      Com objetivos e organização a escola foi desenvolvendo esse projeto, que teve expansão para as residências desses alunos. Essa dinâmica gera no aluno reflexão, autonomia, criatividade sobre o assunto que está sendo abordado. Propicia abertura para o diálogo, que hoje é uma raridade entre eles, sobre o que podem ser melhorado, evitado, de maneira saudável e respeitosa, porque cada um espera o outro terminar, e depois coloca suas sugestões.
     Um outro fator que é importante, além de saber falar, é ouvir a opinião do outro, mesmo essa sendo inversa daquilo que ele pensa. Essa atitude vai muito além dos combinados em sala de aula, que muitas vezes não são cumpridos e passam despercebidos.
     A metodologia desenvolvida é deixar o espaço livre de obstáculos, sentar-se no chão em roda, onde todos possam ser observados. Uma criança lê sua crítica sobre uma determinada situação, seja ela o fato ocorrido na sala de aula ou fora dela, espaços escolares e adminstração escolar. As críticas são mencionadas os fatos, e não a pessoa, com o objetivo de preservar a identidade e não gerar conflitos.
     Mas como não podemos só criticar, ao lado da mesma tem o espaço para felicitações que são os apoios e reconhecimentos das boas ações e atitudes dos integrantes da instituição escolar.
     Por outro lado, como vimos um pequeno trecho do livro, não basta apenas dar ideias sobre o assunto, tem que se apresentar soluções ou possíveis soluções que serão discutidas na assembleia. Um dos fatos relatados nessa assembleia foi o aumento do preço na cantina. Uns acharam que o preço deveria abaixar, outros que não, e uns sugeriam como estratégia comprar lanche fora da escola ou trazer de casa. No final, resolveram conversar com o administrador-proprietário da cantina, que teve o direito de expor as causas do aumento, e as mesmas foram aceitas pelas as crianças.
    Com esses procedimentos as agressões e brigas caíram significativamente, pois interiorizou  a importância, o valor da assembleia pelo fato de poder expor seus pensamentos sobre as atitudes de violência. Consideramos que o diálogo é a ponte mais eficaz para chegar num acordo, quando os pensamentos e atitudes não condizem.
    Outra tática tomada pelo grupo, de intervenção sobre o problemas são cartazes de orientação e explicação, essa foi realizada ao verem algumas crianças comendo perto dos saguis existentes no colégio, e aplicaram a decisão da assembleia, que foi colocar informações sobre esses animais e sobre o tempo que estavam na companhia deles e de outras crianças.
     No mundo que não se ouve, não se conversa, está pode ser uma solução de freiar esse mecanismo, e dialogar sobre os problemas que nos afligem e atrapalham o desenvolvimento na aprendizagem e no convivio social dos nossos alunos,  e adotássemos também essa ídeia da Assembleia Escolar, para a solução dos nossos problemas. Vamos arriscar? Afinal só temos que ganhar, é possível!



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