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" NÃO SOMOS O FIM, E SIM OS MEIOS!"

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Podem a ética e a cidadania serem ensinadas?


      Formação da moral para a virtude

Aristóteles coloca três fatores para que os homens sejam bons e virtuosos:

  • natureza = essência
  • hábito = modo de vida
  • razão = pensar e argumentar




     Todos são capazes de "lencionar" virtudes, mesmo que não tenham essa licenciatura. Através da ação docente e seus exemplos funciona como uma lousa exposta para a disciplina, que transmite a virtude escondida na íntegra e não somente falada. 
    Na ilustração acima a professora poderá ter diversas reações sobre o sumiço do giz, pode ignorar o fato, acusar o aluno mais bangunceiro, ou simplismente aproveitar a oportunidade de explicar as consequências e o malefíco se os gizes continurem desaparecendo. Reforçar os valores contindos nessa atitude como cuidado, honestidade, respeito, entre outros.

"... quando o aluno começa a ler e começa a compreender o que está escrito... dão-lhe... a ler obras de bons poetas... preenche de conceitos morais... do mesmo modo procedem os professores de cítara, evidam esforços para deixar temperantes os meninos e desviá-los da prática de ações más". Platão. Protágoras.

   Nossas atitudes valem muito mais do que nossas falas, porque demonstra como somos através de nossas ações, se temos preconceito ou solidaderiedade. Como espelhos devemos ter esse cuidado e repensar os nossos valores, para que os bons reflexos venham refletir nos nossos alunos. E que as marcas de nossas ações venham ser na maioria positivas.

Para refletir: " Eu posso contribuir apenas com uma gota de água para o oceano, mas, com a minha gota, ele jamais será o mesmo". Madre Teresa de Calcutá.

A construção de valores e dimensão afetiva

     A professora Viviane Pinheiro apresenta o papel da afetividade em dois apectos:

  • A afetividade como "fonte de energia" para a cognição.
  • A afetividade como um dos aspectos organizativos do psíquico humano.
    Jean Piaget (1953), menciona que existe uma integração entre cognição e afeição. A afeição não modifica a cognição, mas a motivação. Numa reunião de HTPC, foi mencionado uma pesquisa realizada numa escola com o objetivo não real de analisar o Q.I dos alunos para "classificá-los", como gênios no futuro, ou que teriam uma grande porcentagem para isso. Mas na verdade o intuito da pesquisa era analisar o comportamento e o sentimento dos professores da sala diante dos seus alunos com o falso resultado em mãos, porque os pesquisadores tiram alguns nomes aleatórios e entregaram para os docentes. No final do semestre puderam constatar que o aluno inicialmente com um Q.I baixo elevou-se significativamente. O motivo para esse sucesso foi simplismente o fato dos professores zelar, cuidar e interessar por esses alunos. E esse sentimento motivou o avanço no cognitivo de crianças que eram vistas como incapazes de atingirem aquele nível.

    O outro aspecto, foi interessante a citação da professora Viviane sobre sua pesquisa, provocando um conflito moral e induzindo os professores a manterem os sentimentos positivos, negativos e neutros sobre a situação-problema de encontrar um aluno usando maconha no banheiro. O resultado da mesma não poderia ser diferente, aquele grupo que tiveram sentimentos positivos apresentaram atitudes ativas, apresentando soluções para o problema enfrentado. A afetividade organiza esse psiquismo humano, mesmo aparentemente indo contra os valores pré estabelecidos, a afeição conduziu ajudar.




                                 VERGONHA E CULPA

  São sentimentos morais, mas alguns aspectos os diferenciam:

VERGONHA: relaciona-se à forma de como o outro me vê.
                       desejo de esconder ou escapar.

CULPA: relaciona-se mais à auto-avaliação do sujeito.
              desejo de confessar, de ser desculpas.

      Esse desejo é voluntário porque o sentimento de culpa aflige os valores que são importantes para essa pessoa, sejam eles de amizade, respeito, honestidade, etc. Houve uma situação na escola que dois alunos X e Y responderam para a professora, X imediatamente pediu desculpas e jurou que não iria fazer mais. Esse mesmo aluno disse para o Y também pedir desculpas e jurar pela morte da mãe dele que não iria responder. Y parou e pensou... logo respondeu: pela minha mãe não, mas juro pelo meu pai.
     Através desse relato pode notar os valores e sentimentos do alunos pelo seus pais, a mãe tem um valor muito grande em relação ao pai, porque na verdade não tinha a intenção de cumprir a promessa.

    A escola como mediadora pode auxiliar os alunos no despertar desses sentimentos, onde as diferenças são respeitadas, e que através do contato com o outro, o grupo escolar, desperta os sentimentos morais, como a tolerância, respeito e generosidade.

Perspectivas Atuais das Pesquisas em Psicologia Moral

    Aula ministrada por Viviane Pinheiro, trata-se do psicológico da pessoa o lado consciente e o inconsciente e a construção de valores mediante as situações, pessoas que interegem no cotidiano. Essa interação agrega os valores, já que o sujeito tem um papel ativo na construção desses valores, constituindo-se como centrais ou periféricos de acordo com o sentimento que ele venha ter pelo o outro que está convivendo.


     Esse video retrata uma situação de cuidado como um outro que é diferente, criando elos, sentimentos de doação de amor, pois ela os amamenta tranquilamente e pacientemente; o instinto materno "falou" mais alto, levando-a a ter esse comportamento com se os filhotes verdadeiramente fossem seus. Assim somos quando existe um sentimento maior que constrói um valor profundo de amizade, companherismo que nas situações do cotidiano irão ser demonstradas.

    Já que o sujeito como falamos é ativo na sua construção de valores e não passivo, cabe a educação escolar trabalhar com diversos valores, e não apenas com regras e deveres que devem ser obedecidos pelos alunos, com a finalidade de que eles interiorizem esses valores que irão acompanhá-los em sua vida.

A construção Psicológica de Valores

       Nessa aula o professor Ulisses Araújo traz três questionamentos sobre a construção de valores que são elas:

1. É possível educar em valores?

Sim. Quando nos dispomos a realizar esse trabalho é possível sim, existem escolas que trabalham com princípios e tem êxito em todo o seu contexto escolar.

2. Como se dão os processos de construção e/ou apropriação de valores?

A explicação vem de Piaget (1956) " Os valores referem-se a trocas afetivas do sujeito realiza o exterior. Surgem da projeção de sentimenteos positivos sobre objetos, e/ou pessoas, e/ou relações, e/ou sobre si mesmo".

O valor que temos vem daquilo que gostamos, não é uma coisa mandada ou ensinada, mas sim adquirido dentro das relações da forma que se trata alguém, e dos pontos positivos ou negativos que temos de nós mesmos. Os valores referece a trocas afetivas, projeção de sentimentos, o cuidados que temos com as pessoas gera os sentimentos de valorização, onde cabe aos adultos gerar prazeres nas crianças para que a escola venha ser valor para ela.

Temos o nosso "posicionamento" dos valores na identidade uns estão no núcleo outros nos periféricos simultaneamente de acordo com as situações, podem ser eles beleza física, honestidade, justiça, finanças que interegem com o meio que estamos inseridos, fatores físico, interpessoal, sócio-cultural.

Preocupamos quando aquele valor verdadeiramente faz parte do nosso EU central, ao ponto de atrapçlhar o ponto psicológico, gerando culpa. Como ficar devendo dinheiro a uma pessoa, se a honestidade fazer parte do centro psicológico, só terá tranquilidade enquanto aquele débito não for quitado, ou negociado. Mas se for de ordem secundária pode conviver normalmente com esses fator sem culpas.

Vale ressaltar que todo o posiconamento desses valores podem mudar de posicionamento devido as circunstâncias adversas do meio social, através de uma perca emocional, social ou financeira, em qualquer faixa etária da vida do indivíduo.

3. Quais os valores que devem ensinar na escola?

Um trabalho que visa a construção de valores para as crianças, mas não superficial ou projetos aleatórios, mas consistentes centralizados na Declaração dos Direitos Humanos.

" Hoje é vital não só aprender, não só desaprender, mas sobretudo organizar nosso sistema mental para aprender a aprender". Edgar Morin



quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Educação e Ética

    A ética escolar é comparada como uma travessia, dinamismo sobre um todo, indo e saindo por três caminhos:

  • Família como socialidade primeira - segundo Winnicott(1964) a família é a primeira sociedade que o individuo pertence, e cabe a mesma inserí-lo aos outros meios sociais, sendo um deles a escola.
  • Escola como transição para a vida social, conduzindo-os numa conduta para conviver em socidades futuras.
  • Sociedade e exercicio da cidadania, através de um preparo que a escola faz para essa socialização externa.

    Mas como obter ou adquirir ética?
    Através dos exemplos e virtudades que são transmitidas no decorrer de cada fase da vida, pensando e repensando os costumes, já que a ética é um comportamento escolhido, uma adesão voluntária a um conjunto de regras de ação.
    A ética é construída de hábitos, não se ensina; mas sim imita-se parte de exemplos seja de professores, pais e responsáveis com que convive.

    Ética supõe modo de agir em relação ao outro, ou seja, se colocando no lugar do outro, absorvendo sua necessidade, sendo eles alunos ou colegas de trabalho.

    Kant, filósofo alemão, coloca dois princípios fundamentais como:
  1. agir de tal maneira a tratar a humanidade, tanto em tua pessoa como na de todos os outros, sempre ao mesmo tempo como um fim, e nunca como um meio.
  2. agir de tal modo que a máxima de tua ação possa transformar-se em lei de validade universal.
    Esses principios de Kant, traz a postura mais digna de agir com o próximo, ir sempre mais do que pensamos.

    Nesse mundo denominado como crise da modernidade, gerada pela mídia e internet, causando sérias distorções de comportamentos como atitudes intolerantes, dificuldades de conviver com o diferente, falsas ideologias, trazendo altos níveis de stress e mortalidade.

   Ser diferente hoje é uma pessoa compreensiva e educada, que ainda se preocupa com os problemas do próximo. E infelizmente a recompensa de não "pertencer" a crise da modernidade dá-se por errado e fora do padrão.

"... a ética fala da justiça porque há desigualdade, fala da amizadade porque não somos auto-suficientes, fala da democracia porque não existem sábios suficientemente capazes e competentes para governarem sem perigo de se equivocarem". (Campus, 1996, p.11)

   Trabalhar igualdade quando há desigualdade,
                   humildade quando há vaidade,
                   solidaderiedade quando há egocentrismo.

O juízo moral da criança


" Toda moral consiste num sistema de regras, e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire po essas regras". (Jean Piaget)











     O dicionário de língua portuguesa, Aurélio 7ª edição, a definição de moral:
  • Conjunto de regras de conduta ou hábitos julgados válidos quer universalmente, quer para grupo ou pessoa determinada.
  • O conjunto das nossas faculdades morais; brio, dignidade.
     Piaget apresenta estados que os seres humanos apresentam no decorrer de sua existência, são eles:

  • anomia: estado do récem-nascido, sem regras, os desejos são atendidos mediates ao choro que é sua comunicação de uma determinada necessidade momentânea.
  • heteronomia: sabe da existência de regras (permitido ou não), as fontes são variadas como famíla, escola e comunidade.
  • autonomia: regras de si próprio, está interiorizado as regras das quais necessita conhecer.
     Como educadores o estado que tem como objetivo nos alunos é da autonomia, da cooperação e respeito com o próximo. Esse estado implica a redução do egocentrismo que é nato no ser humano, sair das suas próprias regras, para o coletivo convivendo socialmente. E esse é um grande desafio encontrado nas escolas quando não existe o respeito das regras que são apresentadas, criando situações desagradáveis ao ambiente.
     Uma das alternativas para despertar a autonomia, são os jogos de regras e de cooperação, que possui limites, trabalho em equipe a favor do mesmo objetivo.

A escola e a construção de Valores

    O professor Ulisses Araújo, na sua aula 04 - Educação e Valores, ressaltou sete aspectos e/ou dimensões que um profissional da educação, seja, professor, equipe gestora ou funcionários da instituição teriam que demonstrar para gerar, despertas nos alunos valores que acreditemos serem válidos e necessários para os futuros cidadãos.
    A escola preocupada com o desenvolvimento dos alunos na sua integridade apresentaria esses aspectos:

  1. Os conteúdos escolares: transversal, e também inserir valores como disciplina no seu currículo para poder "cobrar" o desempenho da mesma, assim como fazemos com as demais disciplinas dando a cada uma sua devida importância.
  2. Metodologia nas aulas: pode apresentar ser díficil devido a nossa comodidade no passar dos anos, mas o professor tem que ser criativo em suas aulas, mostrar a importância dentro da realidade que o aluno está inserido, fazendo-o participativo e receptivos a esse novo conhecimento, e não somente passivos e absorvedores da matéria transmitida. Uma aula diferenciada desperta o interesse e a curiosidade dos alunos para esse aprendizado, e automaticamente os resultados serão com êxito.
  3. O trabalho intencional com valores: visa priorizar os valores que necessitam ser trabalhados, dentro da sala de aula ou da instituição escolar. A escola tem que ter clareza de qual valor será desenvolvido e quais são os objetivos que querem alcançar com o mesmo. Se o problema é com a falta de respeito as atividades, textos e dinâmicas terão que ser direciondas para esse tema.
  4. As relações interpessoais: lidar com pessoas tem que ter consciência da análise diária como docente, funcionário e gestão, principalmente por estar visivel aos olhares interessados e curiosos dos alunos, que são perceptivos e críticos ao perceber que a teoria e a prática da equipe são opostas. O tema trabalhado tem que estar interiorizado e vivenciado pela equipe,  para que o reflexo venha ser testemunhado como verdadeiro e eficaz aquilo que se é ensinado e cobrado.
  5. A auto-estima: mesmo com as circunstâncias não favoráveis que enfrentamos no cotidiano, a equipe tem que estar com a auto-estima valorizada, ter uma imagem positiva e transmitir para os alunos na sua postura, falar e relacionar. O testemunho é uma ferramenta eficaz no relacionamento de seres humanos, e impossível falar-se de valorização pessoal quando o educador enxerga-se um "lixo" dentro da sociedade, incapacitado de realizar algo positivo. Segundo Harkot Tailler(1999), cada ser humano constrói para sim uma imagem que julga representá-lo, com a qual se identifica e se confunde.
  6. O auto-conhecimento: a equipe escolar tem que identificar os seus próprios sentimentos e emoções, assim será capaz de gerenciá-lo mediante a uma situação de conflito ou confronto.
  7. Gestão escolar: mesmo percebendo a falta de união e apoio da gestão escolar, as decisões da instituição podem ser compartilhadas, escutadas e repensadas quando houver necessidade. Uma equipe fechada em seus próprios valores e crenças não permite diálogo e impede o crescimento da qualidade escolar. A busca coletiva de novos e melhores caminhos para enfrentar os desafios cotidianos demonstra a valorização e respeito aos demais integrantes da instituição.




Mudanças são assustadoras e geradoras de conflitos internos que temos vencer diariamente, mas a união e a cooperação nos fortalece. Pode até parecer ou ser difícil aplicar esses setes aspectos, mas é possivel se todos abraçarem a mesma causa, que é a qualidade de um ensino com valores e cidadania.