A professora Viviane Pinheiro apresenta o papel da afetividade em dois apectos:
- A afetividade como "fonte de energia" para a cognição.
- A afetividade como um dos aspectos organizativos do psíquico humano.
Jean Piaget (1953), menciona que existe uma integração entre cognição e afeição. A afeição não modifica a cognição, mas a motivação. Numa reunião de HTPC, foi mencionado uma pesquisa realizada numa escola com o objetivo não real de analisar o Q.I dos alunos para "classificá-los", como gênios no futuro, ou que teriam uma grande porcentagem para isso. Mas na verdade o intuito da pesquisa era analisar o comportamento e o sentimento dos professores da sala diante dos seus alunos com o falso resultado em mãos, porque os pesquisadores tiram alguns nomes aleatórios e entregaram para os docentes. No final do semestre puderam constatar que o aluno inicialmente com um Q.I baixo elevou-se significativamente. O motivo para esse sucesso foi simplismente o fato dos professores zelar, cuidar e interessar por esses alunos. E esse sentimento motivou o avanço no cognitivo de crianças que eram vistas como incapazes de atingirem aquele nível.
O outro aspecto, foi interessante a citação da professora Viviane sobre sua pesquisa, provocando um conflito moral e induzindo os professores a manterem os sentimentos positivos, negativos e neutros sobre a situação-problema de encontrar um aluno usando maconha no banheiro. O resultado da mesma não poderia ser diferente, aquele grupo que tiveram sentimentos positivos apresentaram atitudes ativas, apresentando soluções para o problema enfrentado. A afetividade organiza esse psiquismo humano, mesmo aparentemente indo contra os valores pré estabelecidos, a afeição conduziu ajudar.
VERGONHA E CULPA
São sentimentos morais, mas alguns aspectos os diferenciam:
VERGONHA: relaciona-se à forma de como o outro me vê.
desejo de esconder ou escapar.
CULPA: relaciona-se mais à auto-avaliação do sujeito.
desejo de confessar, de ser desculpas.
Esse desejo é voluntário porque o sentimento de culpa aflige os valores que são importantes para essa pessoa, sejam eles de amizade, respeito, honestidade, etc. Houve uma situação na escola que dois alunos X e Y responderam para a professora, X imediatamente pediu desculpas e jurou que não iria fazer mais. Esse mesmo aluno disse para o Y também pedir desculpas e jurar pela morte da mãe dele que não iria responder. Y parou e pensou... logo respondeu: pela minha mãe não, mas juro pelo meu pai.
Através desse relato pode notar os valores e sentimentos do alunos pelo seus pais, a mãe tem um valor muito grande em relação ao pai, porque na verdade não tinha a intenção de cumprir a promessa.
A escola como mediadora pode auxiliar os alunos no despertar desses sentimentos, onde as diferenças são respeitadas, e que através do contato com o outro, o grupo escolar, desperta os sentimentos morais, como a tolerância, respeito e generosidade.
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